Drogas, pensamento suicida e possessão: ex-gay acha salvação em Cristo e testemunha

Encontrar a liberdade em Jesus Cristo foi algo que salvou a vida de Vinícius Gonçalves Pires não apenas no plano espiritual, mas também no físico, aqui na Terra. Após permanecer anos aprisionado às trevas, tendo desenvolvido pensamento suicida, dependência de drogas e opressão demoníaca, o ex-gay finalmente alcançou a graça de Deus.

Em uma entrevista para o Guiame, Vinícius, que atualmente trabalha como enfermeiro, contou que desde muito pequeno passou a sofrer abusos psicológicos, algo que lhe induzia a estereótipos femininos.

"Sofri violência psicológica por mulheres que me vestiam de mulher e ordenavam que eu imitasse a Xuxa, Madonna e Angélica", disse ele, revelando que a sua atração homossexual foi percebida aos 12 anos.

Antes disso, porém, a partir dos oito anos, Vinícius passou a frequentar terreiros do candomblé. Ele permaneceu na religião de matriz africana até os 15 anos, quando resolveu se entregar às práticas homossexuais, assim como ao uso de maconha.

Primeira tentativa

Até se tornar um ex-gay, Vinícius passou por diversas lutas, permanecendo nas drogas e nas práticas homossexuais até os 29 anos. Durante esse período, ele contou que também passou a usar cocaína, além da maconha e do álcool. Foi nesse momento que o jovem resolveu pedir ajuda pela primeira vez.

"Decidi buscar ajuda em um centro de recuperação aos 29 anos, quando eu estava com a minha moralidade, vida familiar e social comprometidas pelas consequências do uso das drogas. Minha saúde também foi comprometida já que me tornei portador do HIV em decorrência da prática homossexual e de toda a imoralidade e promiscuidade que vivenciei de forma desprotegida", disse ele.

Como a maior parte dos dependentes químicos, Vinícius teve altos e baixos, o que lhe fez mergulhar em um estado de frustração consigo mesmo. A opressão espiritual veio à tona com toda sua força através de possessões malignas, com o objetivo de matá-lo.

Segundo Vinícius, que hoje possui 42 anos, as possessões foram violentas, pois uma foi "por lesão com vidro e outra por ter sido lançado contra a lateral de um trem em movimento. Com isso, tive traumatismo craniano e fratura no braço direito. Mas Deus, por me amar e ter um plano de redenção e salvação, me livrou".

Libertação

A sequência de frustrações aliada à opressão e ao vício em drogas fez com que Vinícius pensasse em tirar a própria vida, o que ocorreu durante uma madrugada na casa dos seus pais.

Na ocasião, ele hesitou ao se lembrar de que anos atrás havia imaginado que se converteria a Jesus Cristo, e então ficaria livre da sua escravidão. Enquanto se preparava para o suicídio, as lembranças vieram à sua mente, tal como providências de Deus.

"Me veio uma pergunta à mente: "Por que não confiar em Deus para mudar a sua história e transformar a sua vida, como você vem falando há anos que Ele faria?". E, de fato, durante oito anos antes deste momento eu tinha passado a ter convicção e falava que um dia eu me converteria e que Jesus me libertaria da homossexualidade e da dependência química. Então, a minha resposta àquela pergunta foi: "Sim. Eu vou confiar em Deus"".

Felizmente, a decisão correta de Vinícius o livrou da morte. Na mesma ocasião, ele disse que voltou ao seu quarto e abriu a Bíblia, lendo o primeiro versículo que lhe apareceu, que foi o Salmo 40. Com base nessa passagem, fez uma oração de confissão dos seus pecados e entrega a Jesus.

"Fui conduzido pelo Espírito Santo à uma comunidade terapêutica, onde fui ensinado sobre os rudimentos da fé cristã. Após ter minha identidade e filiação firmadas e afirmadas em Deus, aprendi a andar em novidade de vida, me despindo do velho homem e abandonando hábitos e práticas", contou.

Atualmente como ex-gay, ex-viciado e ex-oprimido, Vinícius usa o seu testemunho para levar esperança para outras vidas. A sua trajetória mostra que bastou uma decisão, mas também a ajuda de pessoas capacitadas, acolhedoras e pacientes, para que a sua vida mudasse radicalmente.

"Nunca mais serei definido pelo que sinto ou deixo de sentir. Minha identidade está alicerçada em quem Deus diz que eu sou: homem e filho amado. Venci os meus maus desejos, desenvolvi novos hábitos e tive toda a minha história mudada pela ação do Espírito Santo em mim", diz ele.

"A falsa liberdade aprisiona, então, você também é livre para decidir renunciar uma identidade falsa, renunciar às drogas e renunciar a homossexualidade", conclui.